Tuberculose e migrantes nos países do BRICS: o caso do Brasil
PROJETO: “Tuberculose e migrantes nos países do BRICS: o caso do Brasil”.
Financiamento: Organização Mundial de Saúde
Investigadora Principal do Projeto: Ethel Maciel
Objetivo Geral:
Fortalecer os cuidados com os migrantes, por meio da adaptação de modelos de atenção e intervenções de proteção social.
Objetivos Específicos:
- Descrever a epidemiologia dos casos notificados de TB em migrantes, usando fontes de dados secundários;
- Identificar o número de migrantes dentro nos municípios selecionados (Boa Vista, Curitiba, Manaus e São Paulo), suas origens, rotas de mobilidade e demografia;
- Descrever os tipos de residência e/ou abrigos dessas populações migrantes e analisar a relação da arquitetura desses locais com a ocorrência de ILTB e tuberculose e seu perfil de resistência;
- Identificar barreiras financeiras, organizacionais e estruturais que dificultam o acesso ao diagnóstico de ILTB e TB, nas populações migrantes;
- Descrever intervenções de acordo com diferentes perfis de migração, que possam contribuir para a eliminação da tuberculose nas populações migrantes selecionadas nesses municípios;
- Desenvolver intervenções que possam contribuir com a eliminação da TB, nas populações migrantes (Boa Vista, Curitiba, Manaus e São Paulo.
O projeto de pesquisa “Tuberculose e migrantes nos países do BRICS: o caso do Brasil”, passou por comitês de ética no Brasil e em Washington sendo aprovado em ambos:
Aprovação CONEP: (Brasil)
CAAE:18703119.3.0000.5060
Número do Parecer: 3.953.347
Aprovação PAHOERC: (Washington)
Número do Parecer: PAHOERC.0204.03
O estudo se dará em 3 Fases
FASE 1 - Estudo Retrospectivo
Fonte de dados secundários:
- Sinan
- SiteTB
- Sismigra
- Banco de dados do Estado de São Paulo e Paraná
FASE 2 - Estudo de Prevalência
Coleta Direta ( entrevistas com migrantes nos municípios de Boa Vista, Curitiba, Manaus e São Paulo)
WebSurvey
Questionário de forma online com intuito conhecer as barreiras financeiras, organizacionais e estruturais que dificultam o acesso ao diagnóstico de ILTB e TB, nas populações migrantes.
Em Português:
Participe da pesquisa eletrônica!
A pesquisa “TUBERCULOSE E MIGRANTES NOS PAÍSES DO BRICS: O CASO DO BRASIL” tem como objetivo fortalecer o atendimento aos migrantes.
Você não precisa se identificar para responder e precisará de aproximadamente 5 minutos para respondê-la. Garantimos a confidencialidade dos dados e todas as informações prestadas serão analisadas em conjunto.
Este questionário faz parte de um estudo da Universidade Federal do Espírito Santo e da Organização Mundial da Saúde.
Quem pode participar?
Pessoas nascidas em outros países e residentes no Brasil, maiores de 18 anos, independentemente da sua situação lega
A pesquisa está disponível no link: https://is.gd/wf2_migrante
Colabore com a ciência!
Em Espanhol:
La investigación "TUBERCULOSIS Y MIGRANTES EN LOS PAÍSES BRICS: EL CASO DE BRASIL" tiene como objetivo comprender la situación de salud de los migrantes en Brasil.
No es necesario que te identifiques para responderlo y necesitarás aproximadamente 5 minutos para completarlo. Garantizamos la confidencialidad de los datos y toda la información suministrada será analizada de forma conjunta.
Este cuestionario es parte de un estudio de la Universidad Federal de Espírito Santo y la Organización Mundial de la Salud.
¿Quién puede participar?
Personas nacidas en otros países y residentes en Brasil, mayores de 18 años, independientemente de su condición jurídica.
La encuesta está disponible en el enlace: https://is.gd/wf2ES_migrante
¡Colabora con la ciencia!
FASE 3 - Ciência de Implementação(Fase Qualitativa)
- Inquérito eletrônico direcionados aos profissionais de saúde para entender aspectos da atenção à saúde de migrantes internacionais na cidade de Manaus-AM,
- Questionário online para planejar intervenções relacionadas à prevenção e atenção ao migrante acometido por TB, considerando os diferentes perfis dessas populações em migração no Brasil.
Resultado Esperado
- Produção de conhecimento para a discussão e desenvolvimento de políticas voltadas para os migrantes e refugiados.
- A otimização das políticas de saúde e prestação de serviços nos remete a melhores medidas de proteção social em colaboração com as partes interessadas em todo o setor social.
- As oportunidades decorrentes do estudo devem ser plenamente utilizadas para facilitar a discussão de políticas em ambas as áreas e estimular o envolvimento de parceiros multissetoriais.
Cartilha Educativa - De Olho na Tuberculose
Com o intuito de alertar as pessoas, principalmente os migrantes dos sinais, sintomas e do tratamento da tuberculose, foi elaborada a cartilha educativa “De Olho na Tuberculose”, disponível em português, espanhol e warao.
De forma ilustrativa e lúdica, adotando o emprego de dois personagens, o Super Coquetel (representa o tratamento medicamento) e o Bacilo de Koch (representa a bactéria causadora da tuberculose), o material aborda a doença e orienta sobre o tratamento.
Na parte final, a publicação traz uma breve explicação sobre a pesquisa desenvolvida, a participação voluntária e como contatar a equipe para participar.
A cartilha educativa foi organizada pelas professoras da UFMT Rosângela Guerino Masochini e Sonia Vivian de Jezus e os docentes Carolina Maia Martins Sales, Thiago Nascimento do Prado e Ethel Leonor Noia Maciel da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
cartilha disponível em português
Cartilha em Português
cartilha disponível em espanhol
Cartilha em Espanhol
cartilha disponível em warao
Cartilha em Waral
Mobilização Social: Para ampliar a parceria com a sociedade civil o Projeto teve acompanhamento comunitário, da área de mobilização social da Rede-TB.
Um papel triplo. É assim que a ativista Carla Almeida, 49, define sua atuação no estudo do projeto TB e migrantes.
Ela, nascida em Porto Alegre (RS), lembra que a Tuberculose sempre foi uma doença negligenciada, com pouca visibilidade e que atinge populações em alta vulnerabilidade social. “É importante trazer a percepção das pessoas refugiadas e migrantes em todas as etapas desse projeto", enfatiza Carla. |
Já o paulistano José Carlos Veloso, 52, prefere falar em “parceria” . Segundo ele, o trabalho desenvolvido é no sentido de promover a pauta de pesquisas em TB nas agendas politicas dos movimentos sociais, que desenvolvem e estimulam políticas de enfrentamento à Tuberculose no País. Ainda segundo ele, a ideia é promover esse diálogo. “O maior desafio é estabelecer um ’elo’ entre os dois setores (sociedade civil e academia). É construir parcerias e tornar o tema pesquisa mais palatável para os movimentos sociais, isso só pode ser feito com aproximação e diálogo”, reconhece. |
Desde 2016, Carla e Veloso coordenam a área de mobilização social da Rede Brasileira de Pesquisas em Tuberculose REDE-TB. Para eles, o acompanhamento comunitário deve fazer parte da pesquisa, desde o planejamento das ações até a apresentação dos resultados, com critérios de participação definidos entre ambas as partes. “O engajamento comunitário tem um caráter inovador quando compreendermos as pesquisas em saúde como elemento importante na construção de políticas públicas, ampliando o debate sobre o tema e subsidiando ações de advocacy e controle social”, conclui Carla.